O Coronavírus, causador da pandemia global, pertence a uma família de vírus (CoV) que já circula no Brasil. Os vírus dessa família podem causar desde resfriados comuns a doenças mais graves, como a Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). O Novo Coronavírus recebeu a denominação SARS-CoV-2 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a doença que ele provoca tem a denominação COVID-19
A gravidade da doença depende do grupo de risco afetado. Pessoas jovens e saudáveis podem apresentar sintomas leves e moderados, que se assemelham ao de um resfriado, ou até mesmo terem casos assintomáticos.
De acordo com estudos publicados, os mais vulneráveis ao novo Coronavírus são pessoas idosas ou com condições pré-existentes, como problemas respiratórios ou diabéticos.
A principal forma de transmissão do novo Coronavírus é entre pessoas. Por meio de espirros, tosses ou até mesmo a fala, pessoas infectadas expelem gotículas de saliva e secreções que contém o vírus. Essas pequenas gotas podem contaminar superfícies e objetos e, posteriormente, infectar pessoas que tocaram nesses locais e levaram as mãos aos olhos, nariz e boca.
Sim. Apesar de alguns casos serem assintomáticos, as pessoas infectadas continuam espalhando o vírus por meio de gotículas de saliva e secreções. Segundo o doutor Alberto Chebabo, infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro:
“A cadeia de transmissão mais preocupante é aquele paciente sintomático, em que a quantidade de vírus que ele está eliminando é muito maior”
O uso de máscaras é recomendado e atualmente obrigatório, pois elas ajudam a diminuir a proliferação do vírus, principalmente para profissionais da saúde, que podem estar em contato constante com pacientes infectados.
O distanciamento social inclui atitudes como: isolamento domiciliar, manter uma distância física segura das pessoas. O intuito é reduzir a exposição a uma situação com risco de contágio ou diminuir as chances de infectar os outros, caso tenha o COVID-19. Ao longo do tempo, isso cria um “achatamento de curva”, expressão usada por especialistas quando há uma diminuição no número de casos ao longo do tempo. Isso é importante para que o sistema de saúde tenha tempo para responder à crise e evitar sobrecargas no sistema, o que pode levar a falta de materiais ou profissionais disponíveis. Com o distanciamento social, estamos contribuindo para que os mais graves sejam atendidos.
Como o vírus é transmitido de pessoa para pessoa, o chamado distanciamento social é importante para desacelerar a proliferação do vírus. Evitar o contato com outras pessoas em lugares fechados ou aglomerados ajuda a frear a disseminação. Caso seja inevitável sair de casa, algumas medidas como não pegar transporte público em horário de pico, não cumprimentar com beijos, abraços ou apertos de mão, manter uma distância de pelo menos 2 metros das outras pessoas ajudam a diminuir a contaminação. Além disso, é importante evitar o contato com superfícies de locais públicos e lembrar de higienizar as mãos com álcool em gel logo após.
Com várias pessoas aglomeradas em um único lugar, o agente infeccioso consegue se disseminar com mais facilidade e, dada a sua velocidade de proliferação, infectar ainda mais gente.
“A recomendação é, se alguém tiver algum sintoma de gripe (tosse, coriza, garganta inflamada), não ir (para eventos sociais). Essa pessoa tem maior chance de transmitir para as outras. A pessoa deve ter a auto etiqueta de não ir e de não colocar as outras pessoas em risco.” (Dr. Alberto Chebabo, infectologista da UFRJ)
A quarentena, como a que foi implementada na Itália, tenta restringir de maneira geral a circulação de pessoas, e pode envolver fechamento de estabelecimentos, instituições culturais, cancelamento de eventos e possíveis medidas judiciais para quem descumprir essas restrições.
O isolamento é recomendado quando uma pessoa apresenta os sintomas do novo Coronavírus ou esteve em áreas onde há a transmissão da doença. Até o momento, o período de isolamento para a COVID-19 é de 14 dias, podendo ser estendido caso os sintomas persistam. Para casos leves, o isolamento está sendo feito no domicílio em que a pessoa vive, já em situações mais agudas, pode ser necessária a internação em um hospital.
A pessoa infectada deve ficar em um ambiente restrito, com contato minimizado com os outros habitantes do domicílio. No dia a dia, é importante:
Caso você não apresente sintomas, não há a necessidade de tomar medidas especiais ou realizar exames. Mas, se algum dos sintomas surgir, busque um serviço de saúde.
Recomenda-se que as pessoas que apresentam sintomas da doença procurem orientação médica. Caso julgue necessário, o profissional de saúde poderá indicar a realização do teste que detecta o novo Coronavírus e, depois, definir o melhor tratamento para cada pessoa.
Os exames para a detecção do novo Coronavírus devem ser feitos somente por aqueles que apresentam sintomas da doença. Além disso, é necessário que tenham sido expostos a alguém sabidamente positivo ou que retornou de país com epidemia instalada. Nesses casos, é necessário o pedido médico. Portanto, caso haja alguma suspeita, o recomendável é procurar a orientação de um profissional da saúde.
Devido à escassez de testes em todo o sistema de saúde, estão sendo priorizados diagnósticos em pacientes com manifestações graves ou críticas da doença. As orientações atuais aconselham todos os pacientes com esses sintomas a permaneceram em isolamento domiciliar pelo período de 14 dias.
No momento, ainda não há janela de tempo definida para que a pandemia do novo Coronavírus seja declarada como encerrada. Mas, de acordo com as autoridades, as medidas restritivas para tentar frear a disseminação da doença podem ser encerradas antes, após uma avaliação qualificada.
Em situações de isolamento, é normal sentir mais stress e ansiedade. As dicas dos especialistas para lidar com essas sensações no período de isolamento incluem: fazer pausas regulares na leitura de notícias sobre a pandemia, cuidar do corpo com exercícios de respiração, meditação, alongamentos e alimentação saudável, ocupar a mente com outras atividades e conversar com amigos e parentes sobre suas preocupações e sentimentos.
A recomendação vigente é usar um tom de conscientização, e não de pânico. O momento deve ser usado para reforçar a necessidade de se ter cuidados básicos: lavar bem as mãos com água e sabão e evitar o compartilhamento de objetos pessoais com outras pessoas, evitar coçar o olho, levar a mão ou objetos à boca. Nesse momento, ilustrações e desenhos podem ajudar na compreensão do assunto.
Fonte: Dasa